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Quem são os turistas de Pelotas

Principais pontos procurados são o Mercado Central, o Parque Museu da Baronesa e a Charqueada São João

Paulo Rossi -

O que busca um turista ao chegar em Pelotas, os principais motivos para visitar a cidade e o perfil de quem viaja são algumas das informações reunidas no último relatório sobre o turismo local. Elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti) a partir dos Centros de Atenção ao Turista (CAT), as informações são uma ferramenta de trabalho para gerir e pensar o turismo. Localizados em pontos estratégicos, os CATs são centros especializados em prestar informações e orientar visitantes.

Os três espaços turísticos mais visitados e buscados por quem chega a Pelotas são o Mercado Central, o Parque Museu da Baronesa e a Charqueada São João, indica a diretora de Turismo da secretaria, Lizandra Cardoso. Como o relatório é anual, os dados são de 2017, e apontam mais de 5,2 mil atendimentos nos centros de atenção. Os últimos levantamentos da pasta apontam para mais de oito mil atendimentos até outubro deste ano. O número supera o ano de 2015, que teve mais de 7,5 mil atendimentos.

"A gente tem estas informações desde 2013 e hoje o ponto com mais atendimentos é no Mercado Público", afirma a diretora. Ela destaca uma série de ações que estão sendo desenvolvidas nos últimos anos, com a reativação do Conselho de Turismo, com o Arranjo Produtivo Local (APL) do Turismo na Costa Doce, o aplicativo de celular Pelotas Tem e, principalmente, o Plano Municipal do Turismo, com ações planejadas até 2024.

O plano
O plano é dividido em eixos, como charqueadas, Centro Histórico, patrimônio cultural, tradição doceira e gastronomia, além de manifestações artísticas e culturais. Para cada área existe um grupo de conselheiros que planejam e desenvolvem ações. Em uma análise realizada pela secretaria e apresentada em audiência pública neste mês, a pasta mostrou que mais de 40% das ações já foram executadas ou continuam em execução por serem contínuas. 15% estão em tratativas e falta executar ainda 39%.

"Mais de 60% já foram feitas, estão sendo feitas ou estão em tratativas. O número é alto justamente por ser o início de todo um trabalho planejado", argumenta Lizandra. Ela também destaca o trabalho que está sendo desenvolvido na Zona Rural de Pelotas, que recentemente lançou a Via Ecológica de Cicloturismo da Serra dos Tapes, um roteiro para ser feito de bicicleta pela colônia de Pelotas.

Eventos atraem gente
Outro fator que desenvolve o turismo são os eventos como a Fenadoce e o Festival de Música do Sesc, por exemplo. Com meses do ano já estabelecidos ao longo das edições, são semanas com maior intensidade de visitas e busca por informações turísticas nos centros. Visitantes de outros municípios representam cerca de dois terços das pessoas atendidas. Em 2017, 74% dos turistas tinham origem em cidades do Rio Grande do Sul. "Pelotas tem eventos interessantes em todos os meses do ano. É Fenadoce, Feira do Livro, Quinzena do Pêssego, Virada Cultural, Festival do Sesc. Isso atrai muitas pessoas", destaca.

Aplicativos para o turismo
A diretora adianta que será lançado, durante a Feira do Livro, o aplicativo Pelotas Turismo Virtual. Em formato de jogo, dez prédios históricos serão identificados e, através do aplicativo ou de um livro, usuários poderão conhecer a maquete e informações de cada local. "A nossa ideia é alcançar todo o Centro Histórico e até propiciar visitas dentro de prédios através do aplicativo", conta. O trabalho foi desenvolvido em conjunto com os cursos de arquitetura da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Católica de Pelotas (UCPel).

O aplicativo Pelotas Tem, que dá informações turísticas e apresenta um calendário de eventos, também é considerada uma ferramenta importante para dar informações a visitantes. Mais de 2,1 mil usuários baixaram o app em seus celulares em 2017.

Recepção de visitantes
No CAT do Mercado Público, a estudante de turismo Ana Carolina Pedra Rosa, 19, recepciona turistas e tira dúvidas sobre como visitar os principais pontos turísticos do centro da cidade. O local permanece aberto todos os dias, entre 8h e 18h. Além do Mercado, outros três centros prestam o mesmo serviço: no Laranjal, no Parque Museu da Baronesa e na Rodoviária de Pelotas. "As dúvidas variam conforme a época do ano e o calendário de eventos. Aqui no Mercado, a principal busca de informações é sobre os prédios históricos", comenta a estudante, que trabalha no local há um ano e meio.

O perfil do turista em Pelotas

►A origem do visitante
74% do Rio Grande do Sul

►Principais estados
São Paulo
Santa Catarina
Paraná
Minas Gerais

►Principais países
Uruguai
Argentina
Chile
México
França
Espanha
Itália

►Tempo de permanência
37% - de 2 a 3 dias
34% - 1 dia
18% - 4 a 7 dias

►Hospedagem
48% se hospedam em hotéis
18% na casa de parentes e amigos

►Meio de transporte
52% - carro/moto
24% - ônibus
14% - transporte fretado

►Motivo da viagem
82% - lazer
2% - negócios

(Informações com base no ano de 2017. Fonte: Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Inovação)

 

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